Mais conhecida após a cantora internacional Lady Gaga cancelar um show no Rock in Rio, no ano passado, por causa das dores que ela provoca, a Fibromialgia é uma síndrome que acomete muita mais pessoas do que se possa imaginar.

 Ela é mais frequente em mulheres com idades entre 20 e 50 anos, cerca de 80% da população que sofre com os sintomas, mas também atinge homens.

A Fibromialgia está ligada à fadiga, ao distúrbio do sono, às dores de cabeça, à ansiedade e depressão. Além disso, quem sofre da doença sente dores por todo o corpo durante longos períodos e sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e outros tecidos moles.

Ela não tem cura, mas possui tratamento. Há vários recursos que podem reduzir os sintomas e principalmente aumentar significativamente a qualidade de vida de quem sofre com a doença. Algumas medicações que atuam no Sistema Nervoso Central podem reduzir a sensibilidade do organismo à dor.

Além dos medicamentos, os procedimentos da Medicina Intervencionista da Dor, como o Bloqueio Simpático Venoso (BSV), costuma oferecer resultados bastante positivos na redução dos sintomas.
Na maioria dos casos, o tratamento mais indicado é realizado de forma multidisciplinar, com a utilização de recursos de diferentes áreas da saúde. Além dos medicamentos e procedimentos, recursos como Fisioterapia especializada, Psicologia (Terapia Cognitivo Comportamental) e Acupuntura podem trazer ganhos significativos na qualidade de vida das pessoas com Fibromialgia.

Mas é preciso ter cautela e consciência, pois o diagnóstico e o tratamento não devem ser feitos apenas com base no que diz o "Dr. Google", uma consulta médica com um profissional especializado em dor é fundamental para identificar que tipos de medicamentos podem ser usados em cada caso específico.

Mudanças no estilo de vida também são essenciais no tratamento. A prática regular de exercícios físicos proporciona um corpo mais saudável e funcional, com músculos mais fortes, diminuindo a incapacidade e o impacto da Fibromialgia na vida da pessoa; melhora na alimentação, hábitos saudáveis em relação ao sono e aprendizado de maneiras mais produtivas de se lidar com o estresse.